domingo, 31 de agosto de 2014
Rotina
Todo dia faço igual
Tiro do peito
Abro um pouquinho
Um grão de ouro
Pequeno tesouro
Velho coração
Brilha vermelho - Vivo e louco!
.
sábado, 30 de agosto de 2014
Rendida
Já me rendi há tanto tempo
Navego com os teus ventos
No barquinho sem leme
O coração anda aos saltos
É ventura, um passatempo
Não ligo para o termo
Calmaria, amada, armadilha
Voei, caí no mar, fui ao chão
É um querer carinhoso
Um doer de montão ...
.
Gato
Fim de sábado
Perdi a sexta
Não fui a festa
Nem fiz a feira
Mais um trago
Um com álcool
Dores apago
Daquele algo.
Ainda é sábado
À noite todo gato é pardo.
.
O sol é uma estrela
Caminhei pelas ruas frias
Com o anjo bêbado
Num céu sem estrelas
Uma, duas, três, quatro
Com sorriso triste e bêbado me disse:
Quem ama vê estrelas
E se foi...
(Não sabia que era a minha estrela?)
.
sexta-feira, 29 de agosto de 2014
um pulsar...
Os cabelos brancos
Confundem
Com o cinzento céu
Fazendo a paisagem
Os vincos da face
Alinham
A passagem do tempo
De esquecimento
E no último momento
Ainda me lembro...
quinta-feira, 28 de agosto de 2014
Celeuma
Presa pela força de um poema
Esquecida num qualquer poente
Definha com fome extrema
Pobre sereia antes tão contente
Morrer de amor seria o tema
Coração sem vontade e doente
A passada esperança algema
Sem coragem de ir em frente
Nessa cega agonia blasfema
Grita um dorido choro silente
O peito agita - é um celeuma!
Um som ao longe exclama
Promessas d'um amor latente
E a poesia renasce - É chama.
Celeuma significa barulho, algazarra; mas também significa o chamado do marinheiro (Google)
terça-feira, 26 de agosto de 2014
Chuvas
Que cheirinho bom
Junto com esse som
Canto de ninar do céu
Olho para fora
O tempo pára
Um vento bate
Saudades afloram
Lembranças ao léu
Junto com esse som
Algo muda o tom.
Lá se foi
Lá se foi a esperança
Daquela lembrança
Ou foi uma lambança
Nem me lembro mais
Os cacos de vidros
Ou cascas de ovos
Coloridos que pisei mais bis
Entraram fundo demais
Lá se foi o que não me lembro mais
Lá se foi a esperança de esquecer mais.
.
Dança da madrugada
Espirais de Abraços
Os olhos cerrados
Te faz madrugada
Sons
Cores e fantasmas
Dança mais a última
Desejo infinita noite
...Amanhece.
segunda-feira, 25 de agosto de 2014
Olhar velado
Um invento - Que vento!
Passa correndo
Leva o ar do momento
Molha os cílios
É só um cisco - Foi o vento
Não é nada, não é nada
Uma constipação
É o tempo - invento.
domingo, 24 de agosto de 2014
dormingo
sábado, 23 de agosto de 2014
Andar no ar - voar
O verso pergunta
Por que está
nesse vento doido
Ventania que
põe o andar no ar
e a ilusão de voar
Se pudesse voar, não tentaria?
Movimentos
Olho para a brisa e ela ri
Brinca com as folhas
Como o sol e a sombra
Tecendo figuras - Claro/Escuro
Nada é igual - Sempre
São momentos em movimento
Guardados na retina
Trancados no coração.
.
sexta-feira, 22 de agosto de 2014
Me inspire
Recolhida
Assim encostada
Encolhida no sofá
Desenho com o dedo
As formas das nuvens
Contornando o sol
Sorrio - nunca resisto
Astro de hora marcada
Aurora e ocaso, até
Se ver na lua - domínio
Poder que rende...
Beijo a ponta do dedo - Quente.
"eu e você"
Vou aprender a escrever
Sem eu e você
Vou escrever sobre mesas
Situações financeiras
Menos eu e você
Talvez o mundo se acerte
E nada mais me aperte
Menos esse aperto aqui - óh!
Sem eu e você
Não sei escrever
É vida da poesia, meu poema.
.
quinta-feira, 21 de agosto de 2014
Fomes
Café com leite lá pelas sete.
Deixar tudo nos conformes
Quer dizer limpar o palacete
Na mesa os bebes e comes
Nossa! Atrasada pra cacete!
Sai, esquecendo das fomes
Tempo marcado compromete
Vias paradas, grita codinomes @#$!!!
Horas de atraso no gabinete
E as palavras já disformes
Quase cinco, ai um baguete...
Nem lembra mais dos nomes
Barriga ronca na frente do escrete?
Vergonha, daquelas enormes!!!
.
terça-feira, 19 de agosto de 2014
Manhã
sábado, 16 de agosto de 2014
Sonata
Subitamente soa
Salpicando sons sutis
Serenatas suaves
Sensíveis sinais
Sede - sangue - susto
Sorvendo seu siso
Surrupiando seu sono
sendo seu sonho
sussurrando... sua.
Canhota, com certeza
Canhoto nasce
Achando que o
Mundo é torto .
A rosca desenrosca
E a torneira gira
Do lado errado .
A cadeira escolar
Apoia o braço
Que não precisa
Além das ferramentas de tortura
Tesoura, abridor de lata
E todas as máquinas do mundo!
Nos adaptamos
E vencemos sempre.
(é nóis)
terça-feira, 12 de agosto de 2014
Sereia sibilina
Sem siso, sensatez, sem sacramentos...
Sílabas, sentenças, sonetos...surdos.
Somente sussurros, suspiros, sonatas silentes.
Silhuetas sobre sedas, sincronizados.
Serpenteando... seduzidos.
Suados.
Semblantes sorridentes...safados.
Saciados.
Sua, seu segredo.
Seu secreto sortilégio.
2013
A mão do vento
Veio forte com vontade
Levantou não evitou
O vento deu a mão
A levou
"Pensar que é
Para mim
Aquele verso
Só acalanto
Meu universo
Ri manso
De tanto encanto."
Levitou não pôde evitar
E o vento a levou
Ao teu norte...
É crônica?!
Vou te contar. Até parece um cordel.
Juro!
A dona Poesia é faceira, brincalhona e toda prosa adora fazer uns ensaios na quadra, ciranda com amigos, formar duetos, quem sabe, até tercetos.
Mas sem desconto, nem um conto, sempre o mesmo roteiro, aparece o "seu" Poema carrancudo, trovando - trovoando!
É vai verso , verbo até soneto, acabando com a "entrevista" da dona Poe
(para parecer mais dark-intelectual).
Fazer o quê né?
Ele dá as cartas. E ela sempre foi fissurada naqueles poetrixes.
Poesia de malandro é assim mesmo .
Cadê o "seu" Poema?
Bem, disse que ia lá na esquina comprar cigarros...
.
segunda-feira, 11 de agosto de 2014
Olhar mais fundo
Há de entender...
Quando rejeição
Se torna atenção
Procure ver - um pouco
Aquele ser - amaro oco
Qualquer ação
Distrai a solidão.
domingo, 10 de agosto de 2014
(Conto escondido)
*Amanhã,
no início da noite, *
quando avistar a bela lua - sorria -
um átimo de segundo,
guarde-a no olhar para mim.*
... * ...
Ela sabia
Que naquela ponta de praia
Veria
A Lua cheia de si
Mas ela apenas sabia
Pois nunca mais veria
Havia tocado o sol - que tanto queria
(preço alto)
E cega sempre seria
Esperou e esperou
Pediu e implorou
Por uma boa alma que cantasse
Contasse como estava a bela lua
Surgiu sim não se sabe onde
- caridosa alma -
sussurrou- lhe a beleza da noite
(ungiu a sua dor) E ela sorriu...
Mas nos olhos daquele ser
apenas via a noite escura
encoberta, sem lua ou luz
era uma alma - muito carinhosa..
dia 10/Agosto/2014
SuperMoon
sábado, 9 de agosto de 2014
[Desaparecido]
- O conforto da normalidade -
Ninguém pensa na vida o tempo todo;
Ela vai seguindo como um rio
Até...
Algo não previsto.
A normalidade faz esquecer dessas coisas.
E procuramos.
Primeiro, o mesmo trajeto. Dezenas de vezes.
Depois, ampliamos as buscas.
Chamar as autoridades?
Não é caso, poucas horas, embora a intranquilidade já presente.
Ligações para todo o mundo. A agenda toda!
Chamar quem importa e procuramos.
As lojas fecham, trânsito intenso, anoitece, o frio gela os ossos e o desespero aponta a lança.
Agulha em um palheiro, literalmente.
E aquela normalidade foi embora para sempre...
Até nos acostumarmos com essa nova.
Como antes,
Não pensaremos na vida o tempo todo e ela vai escoando.
.
quinta-feira, 7 de agosto de 2014
Ensolarada
Sob o céu da manhã
De um azul dourado
Sentada num canto
De pernas pra cima
Passa a cálida brisa
Nos cabelos brancos
E olhar de primavera
Pelos versos que lia.
Verão
Em pleno inverno!
quarta-feira, 6 de agosto de 2014
Dominação
Como um pendulo
nada podia fazer
contra as chibatadas
tormenta de quereres
doloridas
riscavam a alma
e gostava...
Elefante cor-de-rosa
Quimera sincera
Não sei o que me espera...
Quando ao final da era
Onde já não há sonho
Mesmo assim impera
Tchau pro bye bye
Foram se as despedidas
São demais doloridas
Mesmo aquelas fingidas
Não as quero mais
Lúcida eu sou - muito
Completamente louca
Se é quimera ou vera
Jogo de cena...quem dera!
segunda-feira, 4 de agosto de 2014
Canção
Tantos quereres no querer
Que tocam o coração
Como uma canção ou oração
Ou somente a oração
Um verso de poeta
Que toca a canção
Como se fosse para coração.
sábado, 2 de agosto de 2014
sexta-feira, 1 de agosto de 2014
Melancolia
Sentada na ponta da lua
Calada e nada fazia
Ela via a vida que corria
Era tanta a melancolia
Que sentia que morria
Todo o dia e renascia
Pra morrer ao fim do dia.
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